MACONHA MEDICINAL? (Parte 2)

O Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria posicionou-se contrário à regulação do plantio de CANNABIS com “fins medicinais”. Desde 2013 vários países legalizaram a maconha. Uruguai (2013), EUA (2014), Israel (2019), México (2021), dentre outros. E pouco a pouco, a cannabis vai sendo banalizada e entrando em cada etapa da vida das pessoas, eliminando a percepção de risco sobre a droga.

Como já citado acima, estudos científicos deixam explícito que a maconha possui efeitos desastrosos à saúde.

Análises sobre a erva revelam que apenas DUAS, das mais de 400 substâncias que existem na maconha, TALVEZ possam ser utilizadas para fins medicinais. THC (Tetrahidrocanabinol) e CBD (Canabidiol). Essas duas substâncias podem ser sintetizadas quimicamente em laboratórios.

O THC é a substância que causa a famosa “onda” da maconha, com alucinações e relaxamento – mas também causa a dependência e os principais danos, como citados no artigo anterior. 

O CBD é o principal componente, que não dá “onda”, não causa dependência e proporciona os maiores benefícios. Para ingerir essa substância, a pessoa não precisa fumar a maconha, pois a mesma pode ser retirada da erva e sintetizada quimicamente em laboratório. Essa é o ponto que os apologistas da droga fazem questão de não divulgar.

Os favoráveis à descriminalização da droga buscam entendimentos distorcidos da realidade para justificar seu uso.

Inclusive, no dia 3 de dezembro de 2019, a ANVISA regulamentou o que chamou de “maconha medicinal”.

Que fique bem claro: maconha medicinal NÃO EXISTE, o que existe são remédios feitos à base de canabinoides. Como também já citada a famosa frase Keith Stroup: “A maconha medicinal é só um bom nome para a maconha”

Não precisamos legalizar a maconha para ter os benefícios terapêuticos da Cannabis.

O que está acontecendo nos países que liberaram a maconha e o que podemos aprender com esses exemplos.

  • Estados Unidos

Dois estados americanos merecem um destaque maior nesse assunto: Califórnia e Colorado. Incontáveis reportagens e pesquisas mostram que a legalização da droga no estado, é uma completa desgraça. A clandestinidade e os mercados ilegais aumentaram. 

Atualmente, a Califórnia vive sua maior crise econômica, social e política. Berço de grandes empresas de tecnologia do mundo, 25% da população de rua dos EUA vive na Califórnia. Um estado que era famoso por sua riqueza e glamour, hoje é conhecido por uma alta taxa de criminalidade, pobreza e drogas. Dados do NYC Department of Finance mostram um grande êxodo na população, de 2020 a 2021, de quase 250 mil pessoas que se mudaram da Califórnia. Políticas Públicas benevolentes com o crime e a legalização da maconha, contribuem para o fracasso que a Califórnia está se tornando.

Em Colorado, o FBI registrou, logo após a legalização da droga, um grande aumento no índice de crimes. Outros relatos apontam que as medidas das autoridades locais acabaram por fortalecer o mercado negro.

  • Holanda

A Holanda é conhecida como a capital das drogas da Europa. A flexibilização das drogas ocorreu no ano de 1976 e até então, o maior beneficiado foi o crime organizado. O poder de fogo dos traficantes só aumenta e a polícia local alerta que as gangues estão agindo livremente, sem que o Estado tenha meios de estancar a violência gerada pelo tráfico.

A economia do país vem sendo impactada negativamente e vários coffeshops já foram fechados por pressão do governo. As autoridades holandesas voltaram atrás em suas decisões de flexibilização da maconha e passaram a classificá-la como uma substância nociva. Além de refrear o turismo de pessoas que vão ao país somente para consumir a droga, que por sua vez, ajudam no crescimento do tráfico no país.

  • Portugal

Em Portugal, todas as drogas foram descriminalizadas em 2001. Pesquisas de um instituto europeu (ESPAD Report), com adolescentes de 15 a 16 anos, mostrou um aumento expressivo no consumo de maconha entre 1999 e 2011: “A mortalidade relacionada com consumo de drogas voltou a aumentar em Portugal, com o número de ‘overdoses’ a subir pelo terceiro ano seguido.”

A maconha serve como porta de entrada para outras drogas.

O Diário de Notícias de Portugal relata que nos seis anos após a descriminalização, registrou-se um aumento de: 37% NO USO DE CANNABIS, 215% COCAÍNA, 57.5% HEROÍNA E DE 85% ECSTASY. Segundo o Relatório Mundial da Droga feito pela ONU, o aumento de 40% (desde 2021) dos homicídios em Portugal, está relacionado ao uso das drogas. Aliás, é importante ressaltar que as internações por surtos psicóticos ou esquizofrenia ligados à cannabis, cresceram 30 vezes no país nos últimos 15 anos.

  • Uruguai

Em 2013, o Uruguai legalizou a produção, distribuição e consumo da maconha. No print da reportagem abaixo, observamos que houve um crescimento de 66% no índice de pessoas que declararam ter consumido a erva e entre os adultos de 55 a 65 anos, o crescimento foi de 229%.

A principal consequência em torno da narrativa do lobby da maconha, são os altos valores morais pagos pela sociedade. Uma vez que o senso comum, a mídia e a própria cultura banalizam o entendimento sobre o mal que a maconha traz, o ser humano perde a sua capacidade produtiva, acarretando em uma baixa (ou quase nula) capacidade laboral, gerando mais custos à saúde pública e à seguridade social e claro, uma destruição das famílias e da própria pessoa.

Os lobistas da maconha não se importam com a vida das pessoas envolvidas no vício das drogas. Tudo se refere a projetos de poder e a dinheiro. Legalizando ou não, o tráfico vai financiar uma vertente ideológica que beneficie a eles – e sempre vão apostar na destruição da família. A família é a base que sustenta a sociedade e a faz permanecer coesa. 

Bibliografia:

Os links estão nas próprias imagens contidas no texto.

Sara Matsuda

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